Saúde mental afeta comportamento de indivíduos, com possíveis implicações econômicas
Veja que a Finlândia tem o maior número de óbitos, por volta de 50 pessoas. Isso é um pouco estranho porque a Finlândia é ranqueada entre os países mais felizes do mundo. Os EUA aparecem em seguida com níveis crescentes de mortes devido a esses fatores. O Brasil tem o menor número, estável ao longo dos anos, entre a faixa de 10 a 20 mortes por ano a cada 100 mil brasileiros. Essa discussão é importante pois, por exemplo, entre policiais, as mortes por suicídio superam as mortes em confronto direto.
A variável acima retrata a saúde mental porque pessoas com dificuldades em lidar com problemas internos e externos podem recorrer a substâncias para mascarar a dor. Viver é uma intensa luta para conseguir continuar, e infelizmente algumas pessoas não conseguem. Desta forma, conforme o número de mortes aumenta devido aos 3 fatores elencados, há indícios de que a saúde mental esteja piorando. Este parece ser o caso dos EUA.
A mais recente resenha que escrevi, o livro A Geração Ansiosa (resenha aqui), argumenta que a difusão das redes sociais e a nossa capacidade de ficar online 24 horas exacerbaram nossos níveis de ansiedade e depressão. É normal se sentir ansioso, o problema é quando ela é constante e em níveis elevadíssimos. O agravante da ansiedade e da depressão pode ser óbitos, como os retratados pela figura acima.
E onde entra a economia nesta conversa? Quando visualizamos alterações nos preços (inflação) e flutuações no mercado de valores, como altas e quedas do Índice Bovespa, estamos vendo o resultado agregado do comportamento de indivíduos. Toda economia é formada por indivíduos, e as ações destes indivíduos geram os resultados que ficamos informados. E se a saúde mental afetasse o comportamento destas pessoas? Esperaríamos que a economia também fosse influenciada. É esta linha que tenho explorado.
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