sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Etanol e Petróleo: De Mãos Dadas

Mercados caminham de forma próxima

ethanol


No Brasil, quando o preço do petróleo se altera, temos, além de mudanças nos preços da gasolina, alterações nos preços do etanol.

Isso não é algo aleatório, decorre, em parte, da legislação: nos últimos anos, 25 a 30% da gasolina deve ser composta por etanol

Uma justificativa é a de que o etanol é uma energia limpa e renovável, que agride pouco o planeta. 

No sentido de combater a mudança climática e o aquecimento global (escrevo essas linhas da cidade de Ubá, MG, uma das cidades mais quentes da região; no momento, o termômetro está batendo 35º - imagine uma cidade com pouca área verde e muito concreto, o qual ajuda a reter calor...), o aumento da quantidade de etanol ajuda a reduzir o dano do uso de gasolina. 

Vale lembrar que a gasolina é derivada do petróleo, um combustível fóssil, entre os principais responsáveis pelas emissões de gases poluentes. 

Até recentemente, o Brasil foi o maior produtor de etanol do planeta, sendo ultrapassado pelos Estados Unidos. 

Mas continuamos bem na figura.

Outra vantagem do etanol é que ele é derivado da produção de milho e cana de açúcar, ou seja, ao passo que se produz alimentos para a população, também se produz um subproduto, que atende todo o país, um combustível que pode se tornar o principal combustível nas próximas décadas.

(Há quem aposte mais em carros movidos por etanol do que carros elétricos). 

E por que toda essa falação de etanol?

Porque eu mostrei, estatisticamente, que os mercados de etanol da Índia, do Brasil e dos Estados Unidos são integrados no mais recente Boletim Informações Fipe.  

A Índia tem apostado na energia limpa, assim como a China, como política para se tornarem potências futuras.

O Brasil tem o potencial natural, com várias fontes de energia limpa, como a energia hidráulica, eólica, solar e biocombustível. 

Parece que, se o futuro será pela transição energética, o Brasil terá novamente a chance de se tornar protagonista no cenário global.

O meu pessimismo me empurra a escrever também que poderemos ter outro fracasso e chance desperdiçada.

Tudo vai depender de políticas energéticas e econômicas condizentes com maior produção, incentivo ao empreendedorismo e ao comércio internacional. 

Cenas para os próximos anos. 

O artigo do Boletim Informações Fipe pode ser visto aqui. Meu artigo está na página 52. 











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