Efeitos transbordamento permeiam a transição energética
Eu e o professor Emilson Silva, companheiro de publicações, de estudo e de copo, escrevemos um texto para o Boletim Informações Fipe sobre os efeitos da transição energética da Europa sobre a China e os EUA.
Inicialmente, vale mostrar o quadro da matriz energética da Europa e suas emissões de gás carbono. A figura abaixo realiza essa tarefa.
Note que as colunas cinzas crescem ao longo do tempo, atingindo o valor de 0.4 no último período. Isso significa que a matriz energética da Europa evoluiu: 40% de toda a energia produzida na Europa advém de fontes renováveis, como o sol, o vento, a água e a biomassa. Note também que as emissões de gás carbono caíram conforme a matriz energética evoluiu. Embora não tenhamos uma causalidade no gráfico, ele sugere uma relação entre a matriz energética e as emissões de carbono.
A progressão da transição energética é a principal política para reduzirmos as emissões de gás carbono e tornar o planeta menos quente.
No texto, nós argumentamos que o avanço da transição energética da Europa faz com que os Estados Unidos também avancem sua transição energética, com as quedas das emissões de gás carbono tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Portanto, nós mostramos que o que ocorre nas fronteiras europeias importam para parte do mundo.
Também mostramos que a China é afetada pela evolução da transição energética da Europa (não vou colar a figura aqui porque ela é muito grande; não ficaria legal para observá-la. Mas se sinta livre em clicar no link final do texto para acessá-la).
A mensagem é clara: como vivemos em um mundo integrado comercialmente e financeiramente, mudanças na matriz energética de regiões relevantes, como a Europa, irão nos afetar.
Na Ciência Econômica, quando temos efeitos que se espalham pelo planeta, o denotamos como efeitos de transbordamento (ou efeito spillover).
Sem dúvidas, a transição energética carrega muito transbordamento.
O link do texto é esse aqui. O texto está na página 33:
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