terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Projeções do FMI colocam crescimento brasileiro em patamar inferior aos dos emergentes

Mais uma consequência dos problemas internos do país

crescimento brasileiro


O FMI liberou estimativas de crescimento para 3 grupos: economia mundial, economias desenvolvidas e economias emergentes (figura abaixo). O Brasil pertence ao terceiro grupo, por isso, a comparação que realizarei será relacionada com esse estrato.

produção pib

Ainda segundo o FMI (tabela abaixo), o Brasil deverá crescer 3,6% nesse ano, e 2,6% em 2022. É muito pouco. As economias emergentes (veja a figura acima) têm previsão de 6,3% de alta no PIB para 2021 e de 5% para 2022. Nos dois períodos a economia brasileira permanece mal posicionada.

recuperação covid


Outro dado revelador dos desajustes de nossa economia é em relação à queda do PIB no ano passado. O Brasil teve redução da produção de 4,5%, enquanto o grupo dos emergentes viu o PIB encolher em 2,4%. Leitores podem questionar que apenas dois países, a China e a Índia, estariam levantando a média de crescimento dos emergentes, grupo no qual pertencem, mas eu questionaria o porquê do Brasil não mostrar crescimento minimamente parecido com o padrão dos asiáticos. 

Essas projeções apenas reforçam a necessidade de reformas na economia brasileira. Não somente na área fiscal - talvez o ponto mais crítico do país atualmente -, mas também abrangendo a infraestrutura, as aberturas comercial e financeira, regulações e leis trabalhistas. Há amplo espaço para mudanças. Temos de caminhar para a formação de mercados mais dinâmicos e flexíveis. Os dados mostram que permanecer como está não é o melhor caminho para o futuro dos brasileiros.




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