País tem produção reduzida, refletindo negativamente sobre os rendimentos
É uma consequência de uma economia estagnada e com dificuldade de se reerguer a queda do nível de renda de sua população. O bolo se torna menor, e a sua repartição, mesmo que seja mais igualitária (não é), representa menor quantidade para cada indivíduo. Esse bolo é a produção total do Brasil, o seu PIB. Quanto maior o PIB, maior tende a ser a renda de sua população.
Algumas estimativas apontam que a última década superou o período da década perdida dos anos de 1980 em termos de desempenho insatisfatório. Nos anos 1980, a economia brasileira sofreu com crônico endividamento interno e externo, hiperinflação e choques do petróleo. O resultado também foi a queda de renda dos brasileiros.
Atualmente a inflação não é um problema. O mesmo pode ser dito em relação ao endividamento externo. A maior parte de nossa dívida pública é interna, em reais (mais de 90%). Por outro lado, percebendo que nesses dois períodos o endividamento do governo foi um problema, evidenciando a incapacidade temporal de lidarmos com a tendência de gastar mais do que arrecadar. Regras foram criadas visando melhorar o gerenciamento da dívida (como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Teto do Gasto), mas não conseguiram evitar novo ciclo de endividamento irresponsável e insustentável.
Nos anos 1980, nosso governo optou pelo caminho errado em relação ao choque do petróleo: enquanto a maior parte do mundo adotava medidas recessivas, como a redução da demanda agregada, os militares no poder tentaram fomentar o crescimento do país - a famosa marcha forçada. Não funcionou. Ao que tudo indica, pagaremos elevado preço por um também inadequado tratamento com a Covid-19.
Erros de condução, principalmente no campo da economia, sempre são cobrados, cedo ou mais tarde. Infelizmente o fardo recai sobre os brasileiros, em especial os mais vulneráveis, com queda generalizada da renda e do padrão de vida.
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