sexta-feira, 9 de abril de 2021

Desenvolvimento da economia de mercado elevou padrão de vida das pessoas

Historicamente, economia de mercado propiciou crescentes ganhos para os trabalhadores

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A nova edição da The Economist mostrou otimismo em relação aos trabalhadores nos próximos anos. Um dos dados que chamou atenção é a taxa de desemprego dos Estados Unidos: 6%. Durante a pandemia, essa taxa atingiu a marca de 15%. Evidência de recuperação rápida - embora não de toda imprevista. Em maio do ano passado, Mankiw afirmou que a saída da pandemia envolveria rápida recuperação do mercado do trabalho. O argumento foi o de que os empregos não foram destruídos, como ocorre usualmente em crises, quando empresas fecham as portas de forma definitiva. Na Covid-19, expressiva parte do desemprego se dava por medidas de segurança. As empresas estavam lá, bem como os empregos, logo, bastava o reestabelecimento da atividade para que a taxa de desemprego se reduzisse, como de fato está sendo observado. Previsão acertada. 

Durante a reportagem da revista, foi lembrado que historicamente os trabalhadores têm se beneficiado com o sistema de economias de mercado. Desde a equivocada previsão de Marx, de que os trabalhadores tenderiam a se empobrecer conforme o "capitalismo" avançasse e se desenvolvesse, o que foi testemunhado foi algo totalmente inverso. Trabalhadores têm percebido melhoras em suas vidas, em termos monetários, de saúde e de tempo de lazer. Claro que há exceções, mas a média mostra que esse tem sido o caminho seguido. 

Dados e informações. A remuneração dos trabalhadores aumentou em termos reais ao longo do tempo, conforme pode ser visto pelo aumento da renda per capita mundial abaixo (retirando o efeito da inflação). Além disso, novas técnicas produtivas pressionam os preços de mercadorias para baixo, barateando-os. O poder de compra das pessoas se elevou.

banco mundial


Segundo o Nobel de Economia de 2015, Angus Deaton, entre 1820 e 1992, a taxa de pobreza extrema despencou de 84% para 24%. Passo a passo com essa queda foi observada a melhora na saúde da população. Vive-se muito mais atualmente do que nas décadas passadas. Tome o próprio Brasil como exemplo. Nosso governo oferta sistema universal de saúde para todos os brasileiros. Trabalhos mostraram que a provisão desse bem público trouxe ganhos para os indivíduos mais carentes. Pode-se fazer a ressalva das deficiências do SUS, mas não se pode negar os seus efeitos positivos, de maior inclusão e acesso à saúde para brasileiros. 

Quanto ao lazer, conforme a jornada de trabalho foi se reduzindo (lembre do início da revolução industrial), abriu-se espaço para atividades de lazer, juntamente com o fato de que o "preço" do lazer também se reduziu. Um exemplo é o amplo acesso à cultura e entretenimento que temos hoje, com streamings como a Netflix e o Prime da Amazon. No caso desse último, com apenas 9,99 reais por mês obtém-se acesso a várias séries, filmes e documentários. 

É incorreto a atribuição principal dos ganhos de bem estar dos trabalhadores aos sindicatos. É a elevação da produtividade do trabalho que propicia a expansão da renda, da saúde e do lazer. Conforme o trabalhador agrega maior valor à produção, sua remuneração acompanha esse incremento. Por isso mão de obra qualificada recebe maiores ganhos, pois adiciona maior valor à produção.

Finalizando, a The Economist prescreve anos prósperos para os trabalhadores. Não sei se esse será o caso. O que é válido afirmar é que ao longo da história do "capitalismo" os trabalhadores foram beneficiados, embora não de forma linear. E claro, há exceções, mas a regra é o cenário que foi descrito nesse artigo. 







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