No curto prazo, política fiscal expansionista pode amenizar o golpe do covid-19
Percebendo a instabilidade do mercado financeiro, o Fed (banco central dos Estados Unidos) tomou 4 importantes medidas:
i) redução da taxa de juros de referência em 1% (agora ela está no intervalo entre 0% e 0,25%);
ii) maior facilidade para os bancos tomarem créditos pelo mercado interbancário;
iii) compra de títulos do governo norte-americano e de securities apoiadas em hipotecas;
iv) compra de dívidas de curto prazo de empresas;
iv) compra de dívidas de curto prazo de empresas;
A medida i) objetiva reduzir o custo do crédito. Junto com a medida ii), ela procura elevar a liquidez dos bancos e evitar que os mercados se assustem com a tomada de crédito interbancário - algo geralmente visto como fragilidade por parte dos bancos tomadores de empréstimo. A medida iii) visa estabilizar o mercado financeiro. E a medida iv) é uma forma de aliviar o estresse financeiro que ocorrerá em virtude da redução da produção e consumo, ao mesmo tempo em que custos fixos irão espremer os lucros das firmas.
Ainda sobre a medida iii), o presidente do Fed, Jerome Powell, explicou que essa medida não é um quantitative easing (QE), mas um quantitative stabilising (QS). O QE é uma forma de afrouxar a política monetária quando as taxas de juros estão extremamente baixas - mesmo quando os mercados estão funcionando adequadamente. Por outro lado, o QS objetiva, primordialmente, estabilizar a flutuação dos preços de ativos financeiros.
Outros bancos também reduziram as taxas de referência, como o banco da Coreia do Sul e o banco da Nova Zelândia. A tendência é que outros bancos sigam essa política.
Por fim, Powell disse que apenas a política monetária é insuficiente para estabilizar toda a economia, a conjugação com uma política fiscal expansionista seria bem vinda. A julgar pelos movimentos recentes dos governos, o desejo de Powell parece estar sendo realizado.
Fonte: The Economist
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