Crédito suplementar é o caminho para o Brasil enfrentar o vírus
Pelo jornal Folha de S. Paulo, Samuel Pessoa discutiu o possível impacto que o Covid-19 terá sobre a atividade econômica. A estimativa é que ele reduzirá o crescimento do PIB em 2%. Como a previsão de crescimento para esse ano era de também 2%, a tendência seria que tivéssemos crescimento nulo do produto.
Pessoa afirma que vivemos uma situação atípica e emergencial, portanto, a demanda poderia ser estimulada para auxiliar, ou evitar, uma grande queda do produto e do emprego.
Todavia, ao contrário do posicionamento de alguns economistas nessa semana, os quais argumentaram pela suspensão do teto do gasto, Samuel defende a manutenção do mesmo, sob o raciocínio de que a sua revogação acarretaria em maior incerteza sobre a economia, atingindo o risco-país e o custo do capital.
Em termos de teoria dos jogos, o Brasil mostraria que o seu ajuste fiscal não é crível, pois estaria descumprindo uma promessa de acerto das contas no longo prazo. Os investidores poderiam interpretar tal ação como uma volta à irresponsabilidade fiscal.
A forma recomendável para expandir o gasto público seria por meio de crédito suplementar, e não pela eliminação do mecanismo estrutural do ajuste fiscal.
Fonte: Folha de S. Paulo
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