Nem toda produção é incluída no PIB
1) a produção de drogas ilícitas (crack, cocaína) em tese deveria entrar no PIB, pois o PIB engloba a produção de bens. Recordando a sua definição, o PIB é a soma da produção de bens e serviços finais. Mas como a produção de drogas é uma atividade ilícita, esta não é incluída no cômputo do PIB. O mesmo é válido para o tráfico de drogas - em tese entraria no PIB, mas não entra por ser uma atividade contra a lei;
2) a produção de um bolo ou sanduíche em casa também deveria entrar no PIB, pois utilizam-se insumos para gerar essa produção, ou seja, adiciona-se valor. Acontece que dada a dificuldade de mensurar essa produção (como fiscalizar a produção de todo bolo nas milhares de residências?), essa atividade não é incluída no PIB;
3) A atividade de prostituição também deveria entrar no PIB, pois esta é a prestação de um serviço. A justificativa para não entrar envolve a discussão sobre o abuso de menores e exploração sexual. Também em termos práticos seria difícil fiscalizá-la e computá-la;
Sobre esses itens, eles variam dependendo do país. Alguns países europeus, como a Itália, a Espanha e a Inglaterra, incluem a produção de drogas ilícitas e a prostituição no PIB. Mas não há unanimidade quanto a isso no resto do mundo.
Um último ponto a considerar, é que quadrilhas, como o PCC, se enquadram no ponto 1, ou seja, ao traficar e produzir drogas ilícitas estão contribuindo para o aumento do PIB, mas não são contabilizadas por estarem operando à margem da lei.
Fonte: livro Macroeconomia (Simonsen e Cysne)
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