Populismo da Argentina se mostra (novamente) ineficaz
A OCDE liberou projeções de crescimento para os próximos anos (tabela abaixo). Como esperado, várias economias sofrerão fortíssimo baque no crescimento de 2020. A única exceção é a China, com previsão de crescimento positivo de 1,8%. Mas vale lembrar que antes da pandemia a economia chinesa crescia por volta de 7,5% ao ano. Portanto, ela sofreu uma também forte desaceleração, embora não suficiente para deixar o crescimento negativo (mais um dado para enfraquecer a hipótese de vírus deliberadamente criado pelos chineses).
No próximo ano, algumas economias conseguirão recuperar o nível de PIB perdido, como é o caso da Indonésia. Para a economia mundial, a projeção aponta crescimento de 4,2% em 2021, ao passo que ela cairá a mesma taxa em 2020, logo, ela irá apenas repor produção perdida em virtude da Covid-19. Portanto, crescimento econômico em escala mundial somente ocorrerá em 2022.
Quanto à América Latina, a Argentina recuará 12,9% nesse ano, uma das maiores quedas. E sua recuperação será insuficiente para recompor essa perda nos próximos dois anos. Além da Covid-19, a economia argentina é muito mal administrada, consequentemente, suas mazelas e chagas de crescimento veem de período anterior - na verdade, são décadas desrespeitando fundamentos básicos do mercado. Um exemplo para ilustrar essas críticas. Das medidas de combate à pandemia, o governo argentino proibiu demissões por empresas privadas, medida que atinge diretamente a liberdade de ação de empresários. Decisão mais acertada teria sido não implementar essa proibição, mas auxiliar os desempregados, com transferências diretas de renda, conforme procedido pelo Brasil, e elogiado inclusive pela revista The Economist. A regra é clara: deve-se proteger as pessoas, e não os empregos.
Para finalizar, na tabela percebemos que o Brasil não conseguirá compensar a queda de crescimento de 6%. Em 2021 a previsão é de crescimento positivo de 2,6% e de 2,2% em 2022. Nenhuma surpresa quanto a esses dados. Eles reforçam a percepção de que o modelo de gerenciamento da economia que seguimos está defasado, obsoleto e desgastado. Mais um motivo para a realização de reformas estruturais.
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