Todo avanço na área econômica não será uma conquista permanente se o esforço reformador não for mantido
Esse ano
testemunhou-se a taxa de juros Selic atingir o valor mais baixo de sua série
histórica, 4,25%. As causas podem ser atribuídas tanto a fatores domésticos
quanto a fatores externos. No caso dos primeiros, a economia brasileira mostra
lentidão na recuperação do crescimento e elevada capacidade ociosa. No quadro
internacional, a tendência também é pouco alentadora, com perspectivas de baixo
crescimento econômico mundial – este sendo induzido pelo enfraquecimento do
dinamismo chinês e recentemente pelo temor com o coronavírus.
Há uma
grande incerteza sobre os acontecimentos futuros. De um lado uma possível
guerra comercial entre os EUA e a China, a cristalização do Brexit e protestos
espalhados pelo globo com diferentes demandas por parte dos manifestantes. No
campo tupiniquim o governo se esforça em adotar medidas para sanear as contas
públicas. Todos esses fatos culminam em gerar um ambiente pouco atrativo para
investimentos de longo prazo. Não é coincidência que as taxas de juros tenham
despencado para valores mínimos.
No
tocante ao Brasil, caso a economia não volte a crescer de forma mais robusta e
sustentável, a taxa de juros de 4,25% pode predominar por longo tempo,
uma vez que possíveis pressões inflacionárias serão inexistentes – podemos
esperar choques transitórios imprevisíveis, mas que se dissipam no decorrer do
ano.
No campo
financeiro, analistas de investimentos assinalam que a cultura de investimento
do brasileiro terá de se adaptar caso este deseje manter alta rentabilidade.
Fomos acostumados com títulos públicos de baixo risco e alta rentabilidade. Com
a queda da taxa de juros Selic, a rentabilidade desses ativos se aproximou da
remuneração da poupança. Dessa forma, o investidor terá de diversificar o seu
portfólio para obter alta rentabilidade – terá de correr mais riscos.
Para aqueles,
portanto, desejosos de auferir ganhos financeiros significativos, o mercado de
ações é uma opção – ainda mais quando este mercado atingiu máxima histórica por
meio do seu principal índice, o Ibovespa, em janeiro. Esse valor do Ibovespa é
um prenúncio de recuperação econômica à vista: as empresas estão apresentando
elevada lucratividade.
Resumindo,
o Brasil está com taxa de juros Selic em seu valor mínimo, mercado
de ações em alta e uma economia com potencial de recuperação. A realização das
reformas pretendidas pelo governo exercerá importantíssimo papel em todas essas
variáveis.
Por fim,
o Brasil está caminhando para o ajuste econômico. A taxa de juros Selic em 4,25%
e o mercado de ações atingindo máximas históricas é uma amostra dos ganhos
potenciais que toda a população pode desfrutar caso a difícil missão de colocar
as engrenagens econômicas em seus devidos lugares seja bem sucedida. Mas o
principal objetivo ainda não foi atingido, que é o de tornar o setor público
sustentável e saudável financeiramente. Esse continua sendo o principal desafio no fronte econômico para o ano.
A essa taxa boa parte dos rendimentos de renda fixa deixou de ser atrativo (fundos DI, poupança, CDBs de grandes bancos) já está havendo uma enxurrada de novos CPFs na B3 com muita gente partindo para investimento em ações e fundos imobiliários, a questão é que renda variável VARIA PRA CIMA e PRA BAIXO, fico curioso pra saber como esses indivíduos vão se comportar...
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