Raízes difíceis de serem combatidas
A revista The Economist mostrou alguns dados de caráter econômico e social entre norte-americanos brancos e negros. No geral, todos esses fatores contribuem para empurrar os negros para a periferia do país, com consequências perigosas para o tecido social.
Vou destacar alguns pontos da figura:
1) 20% das famílias formadas por negros possuem patrimônio negativo (dívidas superiores aos ativos), enquanto essa parcela é de 10% para famílias formadas por brancos;
2) 10% dos negros estão com pagamentos atrasados, enquanto o valor é de 5% para brancos;
3) 10% dos brancos tem escolaridade inferior ao ensino médio, enquanto 20% dos negros estão nessa condição;
4) 40% dos brancos possuem pelo menos grau universitário, enquanto apenas 22% dos negros estão nessa condição;
5) 8% dos negros receberam herança dos pais, enquanto 27% dos brancos também receberam;
Esses dados apenas ilustram a grande desigualdade que negros sofrem nos Estados Unidos - e o ponto 5 mostra que há uma tendência de continuidade dos pais para os filhos, visto que a herança tem valor significativo em explicar o prolongamento de padrões de desigualdade ao longo do tempo. Há problemas de igualdade em outras esferas, como a judiciária, que pode ser vista como algo derivado dos dados acima. Já que o atual presidente dos EUA, Donald Trump, foi omisso e infeliz em suas declarações sobre os atuais protestos, fiquemos com a lucidez do ex-presidente George W. Bush, o qual disse que "chegou a hora dos Estados Unidos examinarem suas falhas".
Fonte: The Economist
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