quarta-feira, 15 de abril de 2020

Dívida/PIB do Brasil subirá para 98,2%

Brasil é o campeão dos emergentes quando o assunto é dívida

FMI


O FMI informou que a dívida pública/PIB do Brasil atingirá o patamar de 98,2% após o fim da pandemia. No início do ano ela estava próxima de 90%, o que já era um nível elevadíssimo.

Em termos comparativos, é recomendável analisar a situação do Brasil com países com características parecidas. Façamos isso então. O México tem previsão de dívida/PIB de 61%, a Rússia de 18%, África do Sul de 77,4%, Arábia Saudita de 34%. Os países emergentes (grupo no qual o Brasil pertence) terão dívida/PIB média de 62%. Olhando esses números, nossa dívida/PIB de quase 100% é alarmante. 

Continuando a analisar o Brasil, em 2012 a nossa dívida/PIB era de 62%. Teve um salto para 72% em 2015. Em 2017 escalonou para 83%. Em 2019, o seu valor era de 89,5%. Esses aumentos são insustentáveis no longo prazo. Esse é o motivo do foco da  atual administração da economia no ajuste fiscal. O crescimento dos gastos deve ser interrompido. Não é questão de escolha ideológica, é necessidade. As contas não estão fechando.

Ainda no relatório, o FMI aponta que o Brasil gastará cerca de 3% do PIB para combater o covid, e que esse valor é o mais baixo para os países do G-20. 

Dado o tamanho de nossa dívida/PIB, é natural que o país não tenha munição fiscal para gastar. Eis um dos pontos negativos do endividamento: perde-se a capacidade de realizar política fiscal expansionista. E ainda há quem acredite existir almoço grátis.











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