sábado, 19 de setembro de 2020

Previsões do mercado: queda do PIB de 5,1%, Selic em 2% e câmbio em R$ 5,25

Eficácia da vacina será decisiva para prognósticos de 2021

previsão economia


O relatório do Banco Central mostrou que a previsão de crescimento do PIB para esse ano melhorou. De acordo com ele, a queda prevista será de 5,1% (gráfico abaixo). Previamente, a projeção indicava queda de 5,3%. Outras instituições, como o Banco Mundial e o FMI, projetaram quedas mais fortes do PIB. 

pib crescimento


De acordo com o gráfico, entramos nesse ano com expectativa de crescimento de quase 2%. O crescimento de 2019 tinha sido decepcionante, de meros 1,1%, mas a economia mostrava sinais de que estava começando a ganhar fôlego. A chegada da Covid encerrou qualquer resquício de otimismo. O vírus piorou tanto o nosso crescimento quanto a situação fiscal

Sobre o relatório, a previsão é de que a taxa de juros Selic termine o ano em 2%, e a taxa de câmbio em R$ 5,25. No caso da taxa de juros, investidores deverão procurar outros segmentos para alocarem os seus capitais. Um possível destino será a Bolsa de Valores, a qual, de acordo com algumas previsões, irá se expandir significativamente em 2021 (parte da expansão será recomposição das perdas de 2020). No tocante ao câmbio, a tendência é que continuemos a conviver com eletrônicos e importados encarecidos, uma vez que a alta do dólar tende a torná-los mais caros. Muitos produtos eletrônicos são construídos no país com a importação de peças (insumos). Insumos mais caros tornam o produto final também mais caro. 

Em resumo, essas projeções mostram que o próximo ano será desafiador. O país terá de lidar com a recuperação do crescimento e com o ajuste fiscal. Na ótica do indivíduo, o poder de consumo tenderá a se reduzir, tanto pelo enxugamento de gastos públicos conjugado com possíveis elevações de impostos quanto pelo aumento dos preços dos importados devido ao câmbio desvalorizado. 





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