Brasileiros em situação financeira frágil ainda é a regra do país
No estudo realizado pelo ministério da fazenda foi mostrado que o auxílio emergencial - implementado para aliviar a necessidade material de famílias pobres durante a Covid-19 - ajudou, pelo menos temporariamente, a retirar 72% das famílias brasileiras da extrema pobreza. Dependendo da métrica utilizada para definir extrema pobreza, o valor cai para 32%. Isso pouco importa, o principal é perceber como nossa população ainda sofre de fragilidade financeira.
O IBGE já nos mostrou essa realidade, na qual 105 milhões de brasileiros vivem com no máximo 438 reais por mês (texto aqui). Por essas e outras, mantenho a defesa da prioridade no combate à fome desse segmento da população. É inadmissível que ainda existam brasileiros nessa situação.
Temos atualmente melhor tecnologia para rastreá-los, a digitalização de serviços financeiros para intermediar a transação e recursos fiscais. No caso desse último, apesar da crise fiscal, temos espaço para redirecionar gastos. Um exemplo: qual a explicação de conceder subsídios públicos para empresas ineficientes em um ambiente com brasileiros passando fome?
Atualmente há a discussão sobre programas de renda universal (escrevi sobre aqui). Não sei se um programa dessa abrangência seria a melhor opção (envolveria enorme quantidade de gasto público). Ainda penso que a melhor opção é focalizar os grupos mais vulneráveis e transferir renda para eles. Veja bem, transferir renda, não intervir no mercado controlando preços de bens básicos, como arroz, feijão, gás e energia. A boa vontade de ajudar deve ser respaldada pelos bons princípios de economia para não gerar desordem e bagunça, e não atingir o objetivo almejado.
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