quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Revista The Economist questiona previsões incorretas sobre o declínio econômico da China

Para muitos, destino seria similar ao da antiga União Soviética

crescimento


A figura abaixo mostra o número de empresas dos Estados Unidos (EUA) e da China entre as 500 maiores do mundo. Veja que em 1995 a China possuía apenas 3 entre as 500, enquanto a economia norte-americana detinha a quantia de 151 entidades. Atualmente, o número das empresas chinesas ultrapassou as dos EUA: 124 contra 121. 
china

Esses números ilustram o protagonismo da economia chinesa. Não é por acaso que a capa da revista The Economist dessa semana destacou o crescimento econômico da China, e as previsões equivocadas daqueles que disseram que o país implodiria da forma como ocorreu com a União Soviética. Talvez a posição de potência econômica veio para ficar, e os demais países - notadamente as democracias capitalistas - terão de lidar com esse fato. 

Uma das formas para entender o fortíssimo crescimento chinês é saber que o partido comunista, detentor do poder político, com forte centralização, adota muitas políticas pró-mercado, como o incentivo do estabelecimento de multinacionais no seu território e a promoção das exportações. Obviamente que há obscuridades dentro da China, como a vigilância sobre a população e retaliações de caráter político - essa pode ser justamente a fissura que, caso a economia chinesa venha a perder o rumo no futuro, explicará o insucesso. 

Como destacou a The Economist, a mistura de centralização política com uma economia de mercado, preocupada em gerar inovações tecnológicas, conduzindo parte dos investimentos para os setores com maior potencial de crescimento, com grande participação estatal, tem resultado em sucesso econômico. Mas ainda é duvidoso se no longo prazo essa fórmula continuará funcionando, quando na verdade a prosperidade econômica de longo prazo, de forma sustentável, ocorre precipuamente pela liberdade dos empresários e dos empreendedores em levantar novas alçadas, otimizar métodos para reduzir custos e buscar inovações para promover seus produtos, sabendo que os seus direitos de propriedade serão respeitados, isto é, o Estado não confiscará suas rendas ou expropriará suas posses. Esse último detalhe continua obscuro na China. 












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