Em outro extremo, população de países desenvolvidos tem amplo acesso à internet
A preocupação com o impacto que a Covid-19 pode causar sobre populações mais frágeis pode ser vista no gráfico abaixo. Nele é mostrado, a cada 100 habitantes, quantos desfrutam de acesso à internet. Há importantes conclusões a partir da imagem:
1) Países ricos e desenvolvidos (em azul) apresentam taxa de 80 a 100% de usuários com internet. Estão mais bem preparados para atividades remotas. Não causa surpresa: prosperidade econômica é relacionada com melhor acesso a serviços, incluindo os de internet.
2) Países em desenvolvimento sofrem muito mais com a deficiência de internet. Geralmente desigualdade de renda anda de mãos dadas com desigualdade de internet. Há casos críticos, como o do continente africado (cor vermelha), no qual a taxa de utilização de internet é de no máximo 20%.
3) O Brasil tem taxa de 60 a 80%, ou seja, grande parte de brasileiros não desfruta de internet, sofrendo dificuldades com trabalhos e estudos remotos.
A eclosão da Covid escancarou deficiências que já existiam, como a dos brasileiros "invisíveis" e o inadequado acesso à internet em um mundo cada vez mais digitalizado. No caso dos demais países, políticas públicas podem focar na ampliação da internet. Veja a China (amarelo). É um país que tem crescido muito rapidamente, ampliando serviços para a população e permitindo o aumento dos salários, mas que ainda tem elevada deficiência na provisão de internet, com taxa de 40 a 60%, inferior à do Brasil.
A chegada do vírus foi muito ruim em vários sentidos, mas está ampliando horizontes para melhorar a vida de milhares de pessoas ao evidenciar deficiências em serviços essenciais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário