sábado, 8 de agosto de 2020

Argentina consegue acordo com credores e evita novo calote da dívida

Calotes anteriores (oito) podem ter mostrado o desserviço de repudiar o pagamento da dívida

calote


O acordo com os seus credores foi um importante passo para a Argentina reajustar a sua economia e promover a recuperação econômica pós-Covid-19. Nessa semana, foi acordado entre o governo, liderado por seu presidente, Alberto Fernández, e os credores da dívida de 68 bilhões de dólares, que cada dólar da dívida será pago em 0,54 centavos, com prazo de um ano para o início do pagamento. Péssimo acordo para investidores que vislumbraram o aumento do capital aplicado, mas pior ainda seria não receberem nada do que foi investido.

Fernández ressaltou o foco do governo em proteger os mais vulneráveis da população, sendo, por isso, importante o acordo atingido com esses credores. Nos próximos dias outro acordo terá de ser realizado, agora com o FMI, pelo empréstimo de 44 bilhões de dólares. Pelo lado do FMI, esse empréstimo deve ser pago, para evitar que se crie algo parecido com o risco moral. Tomares de empréstimos, percebendo que o credor permite o não pagamento da quantia devida, teriam o incentivo de continuar tomando fundos emprestados sem o compromisso de repagamento. Como o FMI empresta dinheiro para mais de 80 países no mundo, é uma situação inaceitável. 

Voltando ao caso da Argentina, o começo de uma boa administração se inicia pelo ajuste das contas internas e externas. Fernández começou bem sua tarefa. O próximo passo é reduzir o déficit público. Como o Brasil, o governo argentino gasta muito, com baixo retorno para a população. Esse desequilíbrio acarreta outros, como o aumento dos preços.

Abaixo algumas estatísticas da economia argentina. Como pode ser visto, há muita coisa para se melhorar.

Taxa de inflação anual: 43%
Queda projetada do PIB: 10%
Projeção da taxa de pobreza: 40%
Projeção do déficit público: 8%











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